Antes de tudo, sempre desejei obter uma experiência internacional, e esse desejo se aliou a uma demanda cada vez maior no mercado atual, ou seja, um currículo mais completo e diversificado. Pois bem, como sempre digo para colegas mais jovens, a vida profissional é igual a um jogo de vídeo game: você precisa conquistar estrelinhas para passar de fase. A vantagem é que na vida profissional, se formos curiosos, poderemos descobrir com antecedência quais as estrelas são necessárias para avançar cada etapa, e assim persegui-las para conseguir obter mais oportunidades de crescimento, seja profissional ou pessoalmente. Hoje, sem dúvida, as principais “moedas/estrelas” consideradas ou até exigidas nas grandes empresas como pré-requisito, são as experiências internacionais. Essa experiência é que vai proporcionar uma vivência em outra cultura, permitindo um amadurecimento considerável devido aos novos desafios encontrados ao se sair da zona de conforto da nossa casa e do nosso país.
Em 2013, fui aprovado para um estágio de 2 meses no laboratório de Controle Automático e Sistemas na Universidade Ruhr (Ruhr-Universität Bochum) em Bochum, na Alemanha. Fui muito bem recebido pelos membros do IAESTE, com os quais tenho contato até hoje. Andávamos sempre juntos, do almoço ao jantar, dos passeios e viagens aos almoços de fim de semana. Os colegas eram de vários países: Brasil, Croácia, França, Rússia, Mongólia, Suíça, Índia e claro, da própria Alemanha.
Na universidade, fui designado para realizar um trabalho que relacionava os meus conhecimentos anteriores com a área de pesquisa desenvolvida pelos professores e pesquisadores. Apesar do pouco tempo, todo o empenho resultou num imenso aprendizado, e num trabalho com grande relevância para ambas as partes.
De volta ao Brasil, fiz a apresentação do trabalho desenvolvido, e este serviu como parte das atividades curriculares (créditos) necessárias para a conclusão do meu curso de graduação em Engenharia Elétrica na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), uma das melhores universidades do Brasil na área.
É válido ressaltar que a experiência obtida com o período na Alemanha foi essencial para a conquista do meu atual emprego. Ainda antes de concluir o meu curso, recebi uma carta de aceite de doutorado na própria Alemanha, e fui aprovado nos processos seletivos de 3 grandes multinacionais sediadas no Brasil. Decidi ficar em uma delas, na qual estou atuando como engenheiro até hoje.
Por fim, considero que essa experiência foi fundamental pra o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Hoje recomendo para qualquer estudante universitário que faça o mesmo e aposto que não se arrependerá. Fica a Dica!
Desde já, meu muito obrigado a ABIPE e ao IAESTE!