" Para começar, desde criança sempre sonhei em ter uma experiência internacional, mas infelizmente os altos custos sempre me impossibilitaram. Quando entrei para a universidade continuei com o sonho do intercâmbio, mas por uma diversidade de motivos não pude ingressar em algum sistema do governo; foi quando me apareceu a oportunidade do IAESTE. De início achei a proposta tão espetacular que até fiquei com o pé atrás. Mas depois com bastante trabalho e também um pouco de sorte deu tudo certo e consegui meu estágio na Eslováquia, para seis meses, em uma empresa de robótica.
A experiência lá foi fora do normal, eu fui para a segunda maior cidade eslovaca (minúscula para nossas padrões brasileiros, com pouco mais de 200 mil habitantes) na qual conta com um grande comitê local do IAESTE. Meu estágio foi o maior da história de tal comitê até então. Todos os membros do IAESTE de lá são estudantes da universidade local, sendo assim quando cheguei, em junho no início do verão, eles ainda estavam em aula, foi muito legal pois arrumavam passatempos diferentes para praticamente todas as noites. Aos fins de semanas costumávamos fazer viagens, algumas com os membros do IAESTE, outras com amigos que fiz por lá, dentre eles outros trainees do IAESTE, estudantes vizinhos de dormitório, membros da minha empresa, dentre outros. Tive a oportunidade de conhecer 5 países, 4 capitais, o campo de concentração de Auschwitz e praticamente todo o leste eslovaco.
A fama do brasileiro de ser amistoso não é a toa, consegui fazer amigos de praticamente todos os cantos do mundo, de países exóticos como Jordânia, Síria ou Índia; de outros mais tradicionais como Espanha, Itália e França, além dos corriqueiros vizinhos eslovacos como Romênia, Polônia e Hungria.
Tive oportunidade de aprender, debater e literalmente conviver com todo tipo de gente, conheci membros de cada uma das 4 maiores religiões do mundo (cristianismo, islamismo, budismo e hinduísmo) o que foi de extrema gratidão pessoal. E sei que sem dúvidas vou levar estas memórias, amizades e principalmente esta carga cultural para o resto da minha vida. É tanto a falar que nem cheguei a citar meu estágio, no qual aprendi imensamente de uma área que sempre gostei de lidar na universidade, além de ser um ótimo adicional para meu currículo. "